Assim como um de seus muitos resorts all inclusive, a chave do
sucesso da República Dominicana é a variedade de atrações. Quer um
destino de praias dignas de cartão-postal? Quer caminhar por ruas da
cidade mais antiga das Américas? Jogar golfe ou praticar esportes
náuticos? Ecoturismo? Vida noturna animada? Está tudo incluído no pacote
de atrações turísticas dominicanas.
A começar pela capital, Santo
Domingo. A cidade seria mais uma típica metrópole latino-americana, com
sua charmosa desorganização e sua sonoridade vibrante, não fosse o fato
de ser a mais antiga das Américas. Fundada por Cristóvão Colombo e base
para as primeiras expedições colonizadoras sob bandeira espanhola, é um
livro de História a céu aberto.
Para melhorar a ligação da
capital à zona de resorts de Punta Cana, na chamada Costa del Coco, no
extremo leste da ilha, diversos investimentos foram feitos, incluindo a
Autovía del Coral, em 2012, que reduziu de três para duas horas a viagem
entre as pontas. Mas não tenha pressa. O caminho guarda belas
surpresas, como a Cueva de las Maravillas, com pinturas rupestres, e o
resort Casa de Campo, considerado o melhor do mundo para jogar golfe e
que tem uma pitoresca imitação de vila mediterrânea, onde, diz a lenda,
Michael Jackson teria se casado. E para entrar no clima praiano, nada
melhor que um mergulho em Bayahibe, de onde partem os passeios para a
famosa Ilha Saona.
O Brasil está entre os dez países que mais
mandam turistas para a República Dominicana. Tanto que a previsão é que,
ao final de 2013, cerca de 100 mil brasileiros tenham visitado o país,
um número 25% superior ao registrado em 2012. Com acesso facilitado
desde dezembro do ano passado, quando a Gol passou a voar diariamente e
sem escalas do Rio e de São Paulo para Santo Domingo, a capital, e com
pacotes cada vez mais presentes em agências de viagem dos mais diversos
segmentos, a tendência é que esses números se confirmem.
Na rua, que corre paralela ao Rio Ozama,
ficam prédios dos primeiros anos do século XVI, como a antiga residência
do governador Ovando, hoje funcionando como o Hostal Nicolás de Ovando,
o hotel mais luxuoso da cidade, da bandeira MGallery. Ovando era
vizinho de nomes célebres, como Francisco Pizarro e Hernán Cortez, que
também tinham casas na rua e partiam de lá para suas expedições.
A Fortaleza Ozama, o primeiro prédio militar das
Américas, iniciada no ano de 1502, na ponta sul da rua, guardava o
encontro do rio com o Mar do Caribe, e o Alcazár de Colón, palacete de
onde Diego Colombo governou as Índias Ocidentais depois de Ovando, fica
na extremidade norte, de frente para a ampla Plaza de España, lugar que
hoje concentra boa parte dos melhores restaurantes, bares e café do
centro antigo da cidade.
Cavernas, golfe e o rei do pop
A
viagem entre Santo Domingo e Punta Cana tem se tornado cada vez mais
rápida, com estradas modernas e amplas. O que não quer dizer que não se
possa percorrer esse trajeto sem tanta pressa, dando chance às incríveis
atrações espalhadas pelo caminho. Entre a capital e a zona de resorts
está, por exemplo, a Cueva de las Maravillas, um tesouro geológico e
histórico realmente bem escondido na Autovía del Este, entre os
municípios de San Pedro de Macorís e La Romana.
Trata-se de uma caverna (cueva,
em espanhol) subterrânea de 800 metros de comprimento. Desses, 240
foram abertos ao público há dez anos, quando receberam uma passarela,
com corrimão e degraus, e uma iluminação especial que vai acendendo à
medida que o grupo de visitantes avança. É uma forma de iluminar
pontualmente o que está mais próximo sem agredir tanto o ecossistema
local, que abriga milhares de morcegos de três espécies diferentes.
Alguns quilômetros adiante, La Romana, uma
cidade portuária, é o principal centro produtor de açúcar da República
Dominicana. Mas não é a cana que move o turismo local e sim um resort
que, de simples, tem apenas o nome: Casa de Campo. Eleito em 2013 o
melhor resort de golfe do mundo pelo sétimo ano seguido no World Travel
Awards, o “Oscar” do Turismo, o complexo da Casa de Campo é uma das
atrações mais importantes do país e reúne, além de campos de golfe,
serviços de hotelaria de luxo, alta gastronomia, esportes náuticos e uma
curiosa vila que imita uma cidadezinha mediterrânea.
Quem quiser dar um mergulho durante a viagem pode parar
na cidade de Boca Chica, balneário preferido dos moradores de Santo
Domingo, a 30 quilômetros da capital. Sua praia, protegida por uma
barreira de arrecifes, é praticamente uma piscina natural, ideal para
mergulho e snorkel. Na orla, restaurantes e antigos hotéis, que tiveram
seu ápice nos anos 1950, quando Boca Chica era o paraíso de fim de
semana da elite dominicana.
Boca Chica é também base para passeios
às ilhas La Mastica e Los Pinos, onde o sistema de mangue intocado
protege aves e espécies marinhas. De lá partem também excursões ao
Parque Nacional Submarino La Caleta, um dos locais preferidos pelos
mergulhadores no país.
SERVIÇO:
Hostal Nicolás de Ovando: Diárias por R$ 481. Calle de las Damas, Santo Domingo. mgallery.com
Casa de Campo:
Diárias a R$ 1.171. Carretera La Romana, Higuey, La Romana. O passe
diário para acesso ao resort, com a praia, custa US$ 25. O passe para
golfe custa a partir de US$ 155. casadecampo.com.do
Alcázar de Colón:
Plaza de España. Aberto de terça-feira a sábado, das 9h às 17h.
Domingos, de 9h às 16h. Entrada: 50 pesos dominicanos (R$ 2,70).
Museu das Casas Reais: Calle de las Damas 1. De terça a domingo, das 9h às 17h. Entrada a 30 pesos (R$ 1,60).
Cueva de las Maravillas: Autovía del Este. Aberta de terça a domingo, de 9h às 18. Entrada a 200 pesos (R$ 10).
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