Havana: uma capital de contrastes

Cuba promete ser diferente de todos os lugares que você já visitou. O povo sorridente e hospitaleiro, cidades coloniais, paisagens bucólicas, praias e 330 dias de sol ao ano são um convite a explorar esse país culturalmente rico e autêntico. Com tantos contrastes e beleza única, a maior ilha do Caribe entrou na rota de muitos viajantes na última década.

Se antes os turistas só conheciam Havana, o “lugar que parou no tempo” e as praias paradisíacas do balneário de Varadero, hoje há novos e diversificados roteiros para atrair os visitantes. A poucas horas de voo desde a capital, é possível conhecer a história revolucionária e a energia caribenha de Santiago de Cuba; a segunda maior cidade do país. Belíssimas paisagens rurais contornam o Valle de Viñales e praias rasas e cristalinas ficam na zona dos “cayos”; como são chamadas as ilhotas formadas na superfície de corais. Com herança colonial, a cidade de Trinidad preserva um conjunto arquitetônico como em nenhum outro lugar do país. Vale a pena percorrer suas ruas e conhecer parte do que sobrou da época em que a cidade era um rico centro comercial de escravos e cana-de-açúcar.
  

Viajar pelo país é seguro e requer apenas conselhos básicos, como ficar de olho nos objetos de valor e segurar a bolsa em áreas com grande concentração de pessoas. Mesmo com a melhoria do turismo, Cuba ainda tem alguns contratempos para o turista: não há muitos lugares que aceitam cartões de crédito e faltam caixas eletrônicos para sacar dinheiro. Para driblar esse problema, a melhor maneira é levar dinheiro em euro para trocar nas casas de câmbio - visto que o dólar norte-americano se desvaloriza consideravelmente com a troca. A moeda cubana, na verdade, são duas: o peso cubano (CUP) e o peso conversível (CUC), voltado para os turistas. Um CUC vale o equivalente a 24 pesos cubanos.

No quesito hospedagem, novos hotéis foram construídos mas a maneira mais popular ainda é se acomodar nas chamadas “casas de rentas”, uma espécie de aluguel de quartos vagos nas casas comuns de moradores que possuem um selo oficial do governo identificando-as. Cantinas familiares também ajudam essas pessoas a incrementar a renda.

Para entrar em Cuba, o brasileiro precisa de visto. Para obtê-lo, os documentos e papéis necessários são: passaporte dentro da validade, um formulário de solicitação preenchido (retirado no site do consulado), cópia da passagem aérea (ida e volta) e cópia da reserva da hospedagem. Pode-se ir pessoalmente aos consulados (em Brasília ou São Paulo) ou enviar a papelada pelos correios. Nesse último caso, recomenda-se a solicitação de no mínimo de 15 dias antes da viagem. O país ainda exige seguro de viagem com cobertura de despesas médicas, que pode ser solicitado em agências de turismo brasileiras ou na chegada ao aeroporto.

Em qualquer região escolhida do país, o turista terá a chance de aprender mais sobre Cuba, sua história e herança artística-cultural. A música e a dança são onipresentes. Ao cair da noite, o melhor a se fazer é aproveitar o ritmo caribenho que invade os bares e bodegas das cidades. Para potencializar a experiência - ao som de salsa, mambo e chá-chá-chá -, nada melhor que a companhia de uma boa dose de rum e mojitos; bebidas cubanas por tradição.



A capital Havana representa a verdadeira identidade de Cuba. Passear pelas ruas dessa cidade de contrastes é como voltar ao tempo, com carros antigos e coloridos circulando pelas ruas e um conjunto arquitetônico monumental que parece ter ficado “congelado” na década de 1950. Como se fosse um museu de antiguidades a céu aberto, Havana impressiona e atrai cada vez mais turistas em busca de uma cidade única no mundo.

Para começar a explorar a capital cubana, reserve um dia inteiro para conhecer Havana Vieja. É pelas ruas de pedras do bairro que o viajante sente a autêntica atmosfera de Cuba, com construções do século 16 e 17 que foram declaradas Patrimônio Mundial da Unesco. Ali, não deixe de visitar a Plaza de las Armas, o Museu da Cidade, a Plaza de la Catedral e o Museu da Revolução. No final do dia, o Malecón – uma avenida de oito quilômetros – é o melhor lugar para comer umas empanaditas (espécie de pastel doce) e ver o pôr do sol.

À noite, o agito por ali fica por conta dos bares. É impossível ficar parado ao som do ritmo latino, como a salsa, o mambo e o chá-chá-chá. Se quiser tomar um verdadeiro mojito, a dica é ir ao La Bodeguita del Medio, que conquistou fãs declarados como o escritor norte-americano Ernest Hemingway.
Outros pontos de interesse da capital cubana são o Capitólio - o edifício mais icônico da cidade (onde hoje funciona um museu) -, o Grande Teatro de Havana, o Paseo del Prado (uma calçadão arborizado), além do bairro de Vedado; uma região com bares, centros culturais, cinemas e hotéis. É ali que fica a Praça da Revolução e o edifício que tem o famoso rosto gigante de Che Guevara, um dos heróis do país. 

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